3 Livros para despertar a criatividade

15:59
  O atual cenário das livrarias no Brasil, me fez pensar em no quanto temos substituído a atenção dos livros pelas séries e resolvi fazer um post listando os livros mais legais que li sobre empreendedorismo e criatividade. Desde de pequena eu leio bastante, fui aquelas crianças que frequentavam bastante as bibliotecas da escola e quando fui pra faculdade segui com o mesmo hábito. Também amo aqueles livros bem bobinhos de literatura estrangeira, do tipo que a gente lê pra se desligar do dia-a-dia. 


Ilustração de Yelena Bryksenkova - via Pinterest


Roube como um artista | 10 dicas sobre criatividade - Austin Kleon pela Editora Rocco



Vi esse livro no carro de uma amiga há dois anos e fui lendo ele em um curto percurso que fizemos juntas no meio do trabalho. Um mês depois, no dia que eu sai desse trabalho, ela foi na minha casa com o livro e uma dedicatória linda pra mim <3
O que eu gostei de cara no livro foi da facilidade de ler ele, o Austin Kleon tem uma escrita leve e bem objetiva. Você consegue ler um pouco, tirar alguma lição de criatividade, parar e retomar depois sem ficar perdida(o).
Das dicas mais valiosas, não vou contar todo o livro né?! Ele fala que deveríamos manter uma parte da mesa de trabalho online (com o notebook e celular) e outra offline (com materiais como cadernos e lápis) onde a criatividade pudesse fluir no off e só depois ser editada no on. Eu achei tão verdade essa parte do livro, como dá pra notar pelas fotos desse post eu tenho um monte de cadernos espalhados pela minha sala e sempre achei mais importante escrever e desenhar neles do que no note.
Outra dica maravilhosa do livro é sobre não jogar nenhuma parte sua fora, sabe quando você começa uma nova empreitada e resolve que todo o resto precisa ficar pra trás? Então, o Austin fala que "você pode cortar algumas paixões da sua vida e focar somente em uma, mas depois de um tempo, começará a sofrer a dor da amputação". Pra mim, essa é uma das partes mais intensas do livro porque é sobre se sentir criativamente completo.

Empreendedorismo para subversivos | Um guia para abrir seu negócio pós - capitalismo - Facundo Guerra pela Editora Planeta Estratégia



Eu já tinha uma admiração enorme pelo Facundo Guerra, o argentino radicado e apaixonado por São Paulo é responsável pela noite de sp com o Vegas, Cine Jóia, pela revitalização da parte de cima do viaduto 9 de Julho transformado em Mirante 9 de Julho e mais recentemente, no Bar dos Arcos que fica embaixo do Teatro Municipal.  Então quando o livro foi lançado há um ano eu não podia deixar essa oportunidade de ter as ideias do Facundo organizadas em 239 páginas.
O que eu mais amo no livro é a clareza e a total falta de sutileza ao falar sobre fracasso nos negócios. É um livro sobre a essência do empreendedorismo do Facundo, um misto de preocupação com a revitalização dos lugares esquecidos de São Paulo, com idéias muito boas, + realidade - ostentação, quedas e novas ideias melhores ainda. Ou seja, um ciclo que nunca se fecha.

#GIRLBOSS - Sophia Amoruso pela Editora Seoman



 Se tu viu a série do Netflix, é melhor não atrelar ela ao livro. Enquanto na série retrataram uma Sophia muito caricata, no livro a essência dela e de um empreendedorismo feito sem intenção fica bem mais visível e fácil de entender a trajetória. O livro traz dicas de como ser uma Girl boss sendo empreendedora ou tendo o emprego dos sonhos na empresa de outra pessoa. A parte que mais gosto dele são as entrevistas com outras Girl Boss, a mais inspiradora pra mim é a Madeleine Poole (@mpnails no insta) ela fala como em meio a muitos empregos descobriu uma verdadeira paixão por estampas e desenhos e se especializou como Manicure trabalhando em editoriais, comerciais e em linhas de produtos próprias

Últimos lançamentos | Séries Outubro - Novembro 2018

10:54


Maniac
Já tinha gostado do teaser e do elenco, o seriado é estrelado pela Emma Stone e Jonah Hill demorei um pouco pra assistir porque tinha visto algumas criticas ruins sobre o seriado ser meio anos 80 (odeio rsrs). Mas depois de um tempo resolvi ver e na verdade ele não é ambientado em só uma época, ele é uma viagem então cada história se passa em uma época diferente.



The Good Place (3ª temporada)


via GIPHY

The Good Place (3ª temporada)

CONTÉM SPOILER | No final da segunda temporada os quatro voltam pra terra e na terceira temporada a Janet e o tentam unir eles novamente na tentativa de fazer com que eles aprendam algo de bom e não voltem para o Bad Place. Fiquei com medo da série se perder, mas continua ótima e levinha.



Maldição da Residência Hill
Uma das primeiras séries de suspense/terror da Netflix <3 ela tem seus momentos aterrorizantes, mas não tem a parte ruim de perder o sono a noite. Tensa e super emocional, ela conta a história de uma família com cinco irmãos que são aterrorizados na infância por uma casa mal assombrada. Anos depois já adultos eles tentam se livrar dos traumas, mas a maldição parece aterrorizar alguns membros da família mesmo fora da casa. Começa mais leve e vai ficando bem aterrorizante.



O Mundo sombrio de Sabrina (reboot)
Pra quem tem 30 e poucos que nem eu e via Sabrina aprendiz de feiticeira, esse reboot é bem diferente da série original. Muito mais sombrio a Sabrina de 2018 é super engajada nas causas feministas do colégio mortal onde estuda em Greendale e não leva desaforo pra casa no mundo imortal (regras? não há regra). A série foi lançada na Netflix dia 26 de Outubro, cada episódio tem mais ou menos 45 min e eu estou no 7º episódio já bem viciada ;)



American Horror Story - Apocalipse 
Começa com o final do mundo e no início parece um tanto chata (uma casa é praticamente o único cenário dos primeiros episódios). Até que os personagens e histórias de Coven, Murder House e Hotel se encontram e tudo fica muito mais interessante, achei muito inteligente o roteiro do Ryan Murph ter conseguido justificar a união de quatro temporadas em uma única história sem deixar nenhuma falha de roteiro.
A série ainda está no 8º episódio, espero que essa coerência de roteiro siga até a season finale.

Design Minimalista nos cosméticos

21:36
Nas minhas pesquisas diárias pelo Pinterest comecei a ver muitos banheiros lindos com embalagens de shampoos, condicionadores e sabonetes super minimalistas. A única que eu conhecia era a Aesop, então comecei a achar que as pessoas estavam usando embalagens minimalistas e comprando apenas refils (o que seria louvável). Mas também lembrei que aqui no Brasil conheço poucas marcas com esse tipo de incentivo (Natura e a L'Occitane)




Comecei a pesquisar mais a fundo e inclusive lembrei de algumas marcas que já tinha visto por ai (a fofa Glossier, por exemplo). E também comecei a olhar as embalagens cheias de informações e layout divertido com um certo ranço, porque nessa tentativa de se diferenciar as marcas acabaram ficando todas iguais e cansativas.

Com lojas na Oscar Freire e na Vila Madalena, a australiana Aesop tem 32 anos de mercado. Com design minimalista, funcional e sustentável, mas reconhecível de longe, as lojas também seguem a mesma linha de design com predominância da madeira e do cimento queimado.




A também Australiana Aspar vem de Aurora Spa Rituals, com 18 anos de mercado ela começou desenvolvendo produtos para hotéis e spas e só depois expandido para loja online e varejo na Austrália. Os ativos dos produtos são botânicos e livres de parabenos, lanolina, sulfatos, SLS, óleos minerais, corantes artificiais e fragrâncias. No caso da Aspar, acho que o design minimalista vem da origem dela, normalmente os produtos que vemos em redes de hotéis e spas costumam ter embalagens mais discretas por não precisarem ter um apelo comercial.




The Ordinary pertence a canadense Deciem (que detém mais nove marcas além da The Ordinary) e tem apenas cinco anos de mercado. A comunicação do grupo é bem prática e fluida, o que faz ainda mais sentido quando vemos o design minimalista dos produtos, tudo se comunica super bem <3 Os produtos da The Ordinary ficaram conhecidos por serem bem acessíveis (custam em média $20), o Sérum de $10 caiu nas graças da Kim Kardashian e dai não precisou muito pra marca ficar suuuper conhecida.

A empresa tem uma filosofia bem clara sobre não testar seus produtos em animais (não acredito que ainda precisamos falar sobre isso em 2018) até ai tudo ok, né? Eis que a Estée Lauder, grupo canadense dono da MAC,  comprou 28% da companhia. Como sabemos, infelizmente a MAC ainda faz testes em animais e quando comecei a pesquisa pra fazer esse post e descobri a compra achei que algo não fazia sentido.
Segui minha pesquisa e nessa última semana o caos foi instaurado na Deciem, desde Janeiro desse ano o Instagram da marca vinha sendo administrado pelo próprio Brandon Truaxe (CEO e fundador da Deciem). Que além das postagens bizarras, fez do perfil da marca um tipo de veículo de comunicação interna da empresa. Na semana passada as coisas sairam totalmente do controle e a ele foi substituído do cargo, a Elle fez uma matéria bem legal explicando todas as postagens com uma linha do tempo bem explicativa.
Espero que o grupo se recomponha e a marca mantenha a identidade minimalista e volte a ter a comunicação fluida e imagem idônea que fizeram o grupo e a marca crescerem tanto em tão pouco tempo.




Pra mim a marca que explica melhor o porquê o design minimalista pode ser um ótimo caminho para algumas marcas. A Brandless é uma marca norte americana que não vende apenas cosméticos, o portfólio deles é enorme e enlouquecedor (chateadissima porque eles não entregam no Brasil) eles vendem desde barras de cereal, molho de tomate, macarrão até creme de barbear, shampoo e pasta de dentes. Mas isso rende outro post!

A Brandless não tem logo, trabalha apenas com embalagens coloridas e um retângulo branco informando qual o produto e algumas caraterísticas dele. A empresa não trabalha com verba de Marketing e por isso não repassa esse custos para os clientes, ou seja, a marca não trabalha sua divulgação e possui apenas um e-commerce. Mas em contrapartida, oferece produtos de qualidade (sem sulfatos, sem ftalatos e sem fazer teste em animais <3) por $3 (alguns produtos possuem combos do tipo 3 produtos por $3).



A marca da blogueira Emily Weiss (do blog Into the Gloss) tem quatro anos no mercado e é focada em cuidados para a pele e mais recentemente, em maquiagem com o lançamento de sombras super pigmentadas. A ideia da Glossier é reduzir ao máximo a quantidade de produtos que usamos e manter o mesmo resultado final (amém!) e pra seguir esse alinhamento as embalagens, além de serem minimalistas e lindas, também seguem esse mesmo racional de desperdício. Além disso ela não testa em animais e a maioria dos produtos é vegana <3



Finalmente uma marca brasileira <3 fundada em Florianópolis pela Patricia Lima, a Simple Organic é orgânica, vegana e não testa em animais. Tem uma linha bem extensa de maquiagem com blush e iluminador (as embalagens mais lindas e minimalistas), batons, máscara de cílios, corretivos, delineador e demaquilante. E uma linha de cuidados para a pele com hidratante de abacate, sérum facial, manteigas de murumuru e cupuaçu. A marca já fez a beleza de quatro desfiles da A Lá Garçonne (marca do Alexandre Herchcovitch e do Fábio Souza) e nessa semana abriu o primeiro quiosque franqueado no shopping Batel em Curitiba.









Como usar lenços

10:56
Entre dias de muita chuva e frio, e dias lindos de sol (o clima de Porto Alegre tá uma bagunça essa semana), a gente já começa a pensar na primavera que chega no próximo mês e naqueles looks leves e fresquinhos.




O lenço aparece como forte tendência pras próximas estações e como aqui no Sul a gente não vê a hora pra se livrar das mantas e cachecóis, resolvi fazer uma seleção de looks pra já nos inspirar a incorporar o lenço nas produções de primavera/verão:



No cabelo o lenço é aposta certeira e super fácil de aderir, ele funciona super bem pra arrematar coques (meu preferido), prender o cabelo de forma displicente ou apenas em um nó cobrindo a borracha de cabelo do rabo de cavalo.



No cós da calça/saia o lenço é um ótimo truque de styling principalmente em calças jeans e em looks mais sem graça que precisam de up. 



Outro jeito fácil de incorporar o acessório na produção, é colocar o lenço na bolsa. Serve cobrir uma das alças, amarrar acima da aba da bolsa ou amarrar de forma mais displicente na alça da bolsa (essa última opção funciona super bem pra aqueles dias que ainda não são tão quentes e talvez a gente precise de algo pra colocar no pescoço a noite). 



A forma mais óbvia ainda é usar no pescoço (!) os lenços estilo bandana ficam lindos em posições com t-shirts e looks total jeans. 
Assim como no post sobre a tendência poá, o listrado segue compondo super bem na tendência lenços. E funciona super bem para quando o look listrado fica super clássico e essa não é a intenção, pra esses casos um lenço colorido ou estampado ajudam a deixar tudo menos certinho ;)

Composições incríveis sem manequins

É muito comum termos um certo vício em usar sempre manequins como forma mais fácil de compor uma vitrine. Amo manequins, mas as vezes a melhor forma de oxigenar a exposição e atrair a atenção dos clientes é mudando completamente a configuração da vitrine. Tenho visto tantas formas legais de comunicar em uma vitrine sem usa-los, que resolvi reunir uma série de exemplos legais de referências. 



 
Na primeira foto a vitrine conta uma história de forma bem eficaz trazendo como pano de fundo uma viagem onde a mala e o adesivo de chão são indispensáveis. A temática viagem fez com que a vitrine mesmo sem ter manequim pudesse trazer bem mais produtos (vide dois chapéus, três óculos e dois sapatos) além do look central.




Nessa referencia os painéis preenchem muito mais a vitrine do que se tivéssemos manequins, dando a altura necessária para que os looks chamem atenção desde longe. Com foco nos acessórios, a vitrine só perdeu o espaço para as calças (o que poderia ser facilmente resolvido se os painéis fossem mais largos e as calças fossem dobradas lateralmente).




Outro exemplo de temática bem aplicada, é a vitrine da Hermés Tóquio que traz como cenário um quarto de vestir com pouquíssimos elementos. O que me incomoda um pouco é a exposição lateral do casaco sem detalhe algum nas mangas que justificasse a posição.





A vitrine montada especialmente para o evento da Vogue, o Fashion Night Out que visa aquecer o mercado de moda de várias cidades em uma mesma noite, também dispensou manequins e encontrou uma forma de chamar atenção em meio a tantas vitrines temáticas de um mesmo evento. A altura das caixas (presas por cabos de aço) que imitam polaroides, facilita a visualização da vitrine antes mesmo do consumidor se aproximar da loja e o atrai até lá mais facilmente. Nesse caso a calça foi adicionada sendo levemente dobrada para caber no espaço, mas sem perder a missão de mostrar como usar a peça para o cliente.


Fotos: Pinterest

O retorno da estampa Poá

10:23
Sai o xadrez Vichy e entra o Poá (petit poá, polka dots ou como preferir chamar a tradicional estampa de bolinhas). A estampa queridinha dos anos 50/60 volta com tudo, nas mais diversas cores o destaque permanece com a combinação de preto e branco como na tendência xadrez Vichy.



Pra dar um frescor no look e adaptar a moda no restante do inverno e no próximo verão, o legal é coordenar o Poá p&b com acessórios bem coloridos.



Outra forma de modernizar a estampa e não cansar fácil dessa tendência é misturar estampas. Se tiver um certo receio de ousar aposte em uma estampa P&B, nesse caso o listrado pode ser a escolha mais acertada.



Se a ousadia já impera, arrasa na mistura de animal print com o poá como na última imagem. A estampa de onça ficou por conta da sandália e como o restante do look é super neutro, o calçado finaliza muito bem a produção.



O tênis em produções não tão casuais prometem ficar bastante tempo em alta. Saias e vestidos esvoaçantes no comprimento midi ficam ótimos com tênis, o peso do tênis é um bom contraponto com os tecidos mais leves.
Já o look da Kendal Jenner é uma ótima alternativa de como usar um vestido super justo no dia a dia. O tênis dá um toque casual, basta trocar o calçado pro vestido ficar perfeito pra um evento  á noite.
 
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